quinta-feira, 1 de abril de 2010



“Passaria ali, naquela casa de veraneio, meus últimos, mas felizes, dias de vida.
A casa, ficava à beira da praia, praia de águas cristalinas e areia branca. Aquilo era como o paraiso. Aliás, se ele existisse, seria exatamente ali.
Passei ali meus ultimos dias de vida, sozinha, mas foi a solidão menos solitaria do mundo, com pássaros cantando em minha varanda, varanda que rodeava a casa, cheia de redes para descansar ao som do mar.
Tinha um labrador, que se chamava Tom, foi por causa dele que aqueles dias não foram vazios . Passeavamos pela praia, pelo quintal gramado da casa, brincávamos o dia todo, pulávamos na piscina. Felizes, simplismente , achávamos que éramos os mais felizes do mundo, sem rotina,contas e nenhum barulho de carro, barulhos que ouvi minha vida , que era a mais vazia, e tinha um tabalho que não gostava.
Vivi, meus ultimos dias felizes, morri depois de alguns meses no paraiso”

Alice Madeira , viveu no ‘inferno ‘ e morreu no paraíso.

3 comentários:

  1. Nossa! Não sei o que dizer. O texto é bom, mas não acho que ninguém morre no paraíso!
    Bjkas

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  2. discordo com a Betty, apesar de achar que a morte é triste e muitas vezes sem sentido..
    mas se todos vamos morrer pelo menos que seja da maneira que nos faz sentir menos pior, acredito que a morte seja apenas uma passagem para o outro lado, a questão é: o que tem do outro lado? so sei que ninguem voltou para nos falar, so nos resta esperar a nossa hora.

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  3. "..morri depois de alguns meses no paraiso.”


    complicado! duro!

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